O frio oblíquo que aflige as janelas já tomou parte de meus pensamentos, lentas abstrações sobre a sujeira que acumulamos aqui dentro, sem percebermos. A chuva escoa com uma nitidez física, enquanto a dor e toda a raiva tardia se torna espectral. Amanhã terei um dia que não ajudará em nada. Será como limpar a faca depois do trabalho árduo: a lâmina reflete nossas mãos que guardam o cheiro por um longo tempo, lembrando-nos, insignificantes, dos cantos escuros da alma no corpo.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
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Um comentário:
Que post mais cheio de sentimentos tão atordoados. Espero q isso passe ou que pelo menos seja abafado. ;*
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