Nascida sob o signo de Áries, ela tinha o sorriso mais sensual que conheci na vida. Uma forma estranha de contrair o lábio superior, formando covinhas convidativas... Pensei logo que ninguém seria senão ela a pessoa mais legal que conheceria nos próximos meses. Não havia como fugir do destino. E assim foram os dias opacos do inverno agridoce que atravessamos juntos, uma jornada de muitas palavras. Manteria ela o seu diário ainda? Transformava nas páginas cada hora em linhas minúsculas em que cantava o próprio amor como algo encantado. Seria eu a edição limitada do seu disco preferido? Quando o silêncio constrangia meu estômago, ela sempre dizia "Estão tocando a nossa canção, baby". Um mundo paralelo com dois lagos foi construído dentro de cada um, perfazendo a distância real entre os corpos. Onde ela estará agora, metamorfoseada no pássaro solitário pousado na linha de transmissão elétrica?
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
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