Dois gênios apreciados aqui no blog. Ian McEwan e Michel Gondry. O primeiro entrevistado enquanto participa de festival literário na Índia; o segundo enquanto filma sua mais nova produção. Comecemos com McEwan.
Com novos fãs, Ian McEwan tenta fugir de culto à celebridade
Por Rina Chandran
O escritor britânico Ian McEwan sente-se incômodo com o culto a escritores célebres, mas se alegra com o fato de novos leitores buscarem seus livros depois de assistir a versões deles no cinema.
"O trabalho de escrever é bastante monótono, de modo que parece estranho transformar em celebridades aqueles que o praticam", disse o autor durante o Festival de Literatura de Jaipur, no oeste da Índia.
"É estranho. Se eu fosse uma atriz de 22 anos, estaria me divertindo, mas sou um escritor de 60."
Autor de romances aclamados como "Amsterdam" e "A Criança no Tempo", McEwan vem tendo recentemente o que descreve como uma fase desagradável sob os refletores da mídia.
Em 2006, ele foi obrigado a desmentir sugestões de que teria plagiado o trabalho de outra pessoa. Dois meses mais tarde, voltou a chamar a atenção da mídia quando se reencontrou com um irmão do qual vivera afastado por anos.
Agora, a adaptação para o cinema de "Reparação", seu romance da 2ª Guerra Mundial sobre dois amantes separados pelo conflito e por uma traição familiar, conquistou os maiores prêmios do Globo de Ouro e novamente está submetendo McEwan à atenção do público.
Apesar de sua ambivalência em relação à fama, McEwan, visto como um dos mais importantes autores britânicos da atualidade, disse que se sente encorajado pelo grande número de novos leitores atraídos pelas adaptações cinematográficas de romances.
"Em minha experiência limitada, 'Desejo e Reparação' vem atraindo para o livro muitos leitores que nunca tinham ouvido falar do livro ou de mim."
Hoje trabalhando em "alguma coisa" que trata das mudanças climáticas, que McEwan observou em primeira mão durante uma visita feita ao Ártico na companhia de uma equipe de cientistas, o escritor disse que seu maior medo é ficar sem idéias.
"Se temos grandes idéias ou não é realmente uma questão do acaso. Meu maior medo é que a fonte de idéias seque -- que eu não tenha nada mais a dizer, mas continue escrevendo, mesmo assim", confessou.
"O trabalho de escrever é bastante monótono, de modo que parece estranho transformar em celebridades aqueles que o praticam", disse o autor durante o Festival de Literatura de Jaipur, no oeste da Índia.
"É estranho. Se eu fosse uma atriz de 22 anos, estaria me divertindo, mas sou um escritor de 60."
Autor de romances aclamados como "Amsterdam" e "A Criança no Tempo", McEwan vem tendo recentemente o que descreve como uma fase desagradável sob os refletores da mídia.
Em 2006, ele foi obrigado a desmentir sugestões de que teria plagiado o trabalho de outra pessoa. Dois meses mais tarde, voltou a chamar a atenção da mídia quando se reencontrou com um irmão do qual vivera afastado por anos.
Agora, a adaptação para o cinema de "Reparação", seu romance da 2ª Guerra Mundial sobre dois amantes separados pelo conflito e por uma traição familiar, conquistou os maiores prêmios do Globo de Ouro e novamente está submetendo McEwan à atenção do público.
Apesar de sua ambivalência em relação à fama, McEwan, visto como um dos mais importantes autores britânicos da atualidade, disse que se sente encorajado pelo grande número de novos leitores atraídos pelas adaptações cinematográficas de romances.
"Em minha experiência limitada, 'Desejo e Reparação' vem atraindo para o livro muitos leitores que nunca tinham ouvido falar do livro ou de mim."
Hoje trabalhando em "alguma coisa" que trata das mudanças climáticas, que McEwan observou em primeira mão durante uma visita feita ao Ártico na companhia de uma equipe de cientistas, o escritor disse que seu maior medo é ficar sem idéias.
"Se temos grandes idéias ou não é realmente uma questão do acaso. Meu maior medo é que a fonte de idéias seque -- que eu não tenha nada mais a dizer, mas continue escrevendo, mesmo assim", confessou.
Fonte: UOL
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