Quando o carro fazia a curva na saída da estrada, o céu revelou-se num assombro instantâneo de relâmpagos e lampejos que prolongou em dez segundos meu próximo pensamento. Com forma de luz, concluí, sem que ela percebesse do que se tratava. Ficamos em silêncio depois, abstraídos da paisagem urbana, apenas focados nas nuvens deslocando-se sobre a cidade, espalhando uma escuridão absurda para uma tarde tão assim: úmida pelas lágrimas deixadas para trás. Nas palavras já sem sentido, a chuva cai como alívio que desdenha do constrangimento pelo o que passa lá fora, numa distância segura do que se passa aqui dentro.
domingo, 27 de janeiro de 2008
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