Organizando minha coleção de cds, encontro um disco que comprei há dez anos. Estava perdido entre o Elvis Costello e a Macy Gray. O álbum em questão não importa em si; digo apenas que envelheceu bem e ainda me soa forte e até atual como antes. Mas o que ele representa... Dez anos podem representar muito na vida do indivíduo, principalmente se ele, nesse ínterim, muda de cidade, entra na faculdade, se forma, e vive experiências de vida durante o curso universitário que o fazem enxergar a chamada realidade de uma forma diferente. Quando percebo que me vejo distante da pessoa que comprou esse cd, fico um pouco apreensivo da pessoa que serei daqui a dez anos. Porque me transformo pelo tempo através de percepções cada vez mais estranhas. E a próxima década será a provação do gênio que me tomou por tudo o que vivi até aqui. O que significa que saberei se estou certo pelas minhas escolhas. Simples, não? Se você não estiver receoso da resposta, talvez sim. Mas o mundo nos chama a propensas realizações que ignoram o resultado. Se vejo tudo sob minha ótica, Não há nada de errado. O problema é que a barbárie da solidão social não me atingiu como gostaria, retornando processos que preferiria ignorar. De volta ao ponto. Só uma certeza é válida por enquanto. A década vindoura perece sci-fi quando recordo que não me resolvi ainda com esta por completo.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
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