Falar da minha cidade? Tento: mas ela me escapa das mãos, da memória, da imaginação. A cidade que espelha água. A água turva do rio, fugindo para o mar. Sei que minha cidade não cresceu como esperava. Permaneceu tímida pelos limites da vida, e ficou a perder muitos de nós nos últimos anos. Onde Parnaíba me cabe? Ando pelas ruas, vejo alguns rostos conhecidos, o céu limpo da terça-feira, e me prendo na sugestão de que desviei-me do caminho, que de algum ponto já não passo mais. O sentimento dessa gente me estranha, talvez me rejeite como filho da terra. Filho fugido. Penso o que me posso fazer de Parnaíba.
terça-feira, 22 de abril de 2008
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